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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Falcões da Noite

Deke DaSilva (Sylvester Stallone) é um policial que tem que lidar com um perigoso terrorista internacional conhecido como Wulfgar (Rutger Hauer). Essa é uma antiga produção policial estrelado por Stallone. Ele já era um ator bem conhecido na época mas ainda não era o mega astro de sucessos de bilheteria que viria a ser na década que nascia, os anos 80, onde iria estrelar um sucesso atrás do outro, colecionando fartas bilheterias e polpudos cachês. Quando "Falcões da Noite" estreou Stallone era basicamente aquele ator que havia estrelado o primeiro filme da série Rocky. Esse policial então veio bem a calhar para a carreira do ator, não há como negar. 

Revendo ele hoje se percebe que ainda é um eficiente thriller policial. Stallone usa uma caracterização que bebe diretamente da fonte de Serpico, com Al Pacino. Apesar disso ambos os filmes são bem diferentes. Serpico era baseado numa história real e mostrava os dramas do cotidiano de um policial de Nova Iorque lutando contra a corrupção na corporação. Era basicamente um drama policial. Já em Falcões da Noite Stallone também incorpora um tira, mas sem qualquer aprofundamento do personagem. Aqui temos um filme policial de ação. Na essência ele é um caçador, que sai ao encalço de um terrorista vivido por Rutger Hauer (também prestes a estourar com Blade Runner e Feitiço de Áquila). Para quem gosta de boas cenas de ação e pirotecnia, é um prato cheio. De quebra ainda tem uma cena final surpreendente que acabou se tornando uma das mais lembradas da carreira de Sly.  

Falcões da Noite (Nighthawks, Estados Unidos, 1981) Direção: Bruce Malmuth / Roteiro: David Shalber / Elenco: Sylvester Stallone, Rutger Hauer, Billy Dee Williams, Lindsay Wagner / Sinopse: Deke DaSilva (Sylvester Stallone) é um policial que tem que lidar com um perigoso terrorista internacional conhecido como Wulfgar (Rutger Hauer)

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Rock II - A Revanche

O título é bem explicativo. Depois dos acontecimentos do primeiro filme o pugilista Apollo Creed (Carl Weathers) implora por uma revanche, afinal ele havia perdido sua credibilidade de campeão para o desconhecido e desacreditado Rocky Balboa (Sylvester Stallone) no final do primeiro filme. O problema é que Rocky se encontrava muito machucado após a luta anterior e resolve anunciar, para surpresa de todos, que se aposentaria dos ringues. O lutador preferia se dedicar assim ao seu relacionamento com Adrian (Talia Shire), sua namorada em “Rocky, o Lutador” e agora sua esposa. Porém as necessidades financeiras acabaram falando mais alto e surpreendendo mais uma vez Rocky finalmente se decide a voltar para enfrentar Apollo naquela que ele acreditava ser sua última luta na vida! Como se vê “Rocky II” repete de certa maneira a fórmula que havia dado tão certo no primeiro filme. Stallone ainda surge extremamente preocupado em desenvolver no seu roteiro toda uma dramaticidade em torno da vida de Rocky, algo que seria amenizado bastante no filme seguinte e que sumiria por completo em Rocky IV – o filme mais pop da franquia.

A critica de uma forma em geral ainda gostou de Rocky II. Na época não se sabia que Stallone iria levar o personagem ao limite em várias continuações sucessivas e por isso o filme foi recebido com resenhas bastante favoráveis. O New York Times, por exemplo, elogiou o esforço dos realizadores em conseguirem manter o mesmo nível do primeiro filme. O público também prestigiou lotando os cinemas e dando a Stallone mais um grande sucesso de bilheteria. Já a Academia não gostou muito. Stallone tinha esperanças de repetir o que aconteceu com “O Poderoso Chefão II” que foi vencedor em dois Oscars seguidos, levantando os principais prêmios. Já “Rocky II” foi esnobado pelos membros da Academia e não conseguiu sequer indicações importantes. Isso certamente foi um desapontamento para o ator que havia se dedicado bastante na lapidação de seu roteiro. A direção de Stallone também foi solenemente ignorada pelo Oscar. No final o que se sobressaiu mesmo foi o excepcional retorno comercial (mais de 280 milhões de dólares em ingressos vendidos) e a aclamação popular. Stallone não perdeu muito tempo e logo anunciou que novos filmes viriam em breve e ele, como todos sabemos, cumpriria realmente essa promessa nos anos seguintes.

Rocky II (Rocky II, Estados Unidos, 1979) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Carl Weathers, Burgess Meredith, Tony Burton / Sinopse: Após lutar contra o campeão mundial Apollo Creed (Carl Weathers) no primeiro filme o pugilista Rocky Balboa (Sylvester Stallone) é desafiado para uma revanche. Com problemas de saúde ele decide abandonar os ringues mas as necessidades financeiras acabam por lhe fazer mudar de idéia.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

A Taberna do Inferno

Título no Brasil: A Taberna do Inferno
Título Original: Paradise Alley
Ano de Lançamento: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures 
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Sylvester Stallone
Elenco: Sylvester Stallone, Lee Canalito, Armand Assante, Frank McRae, Anne Archer, Kevin Conway

Sinopse:
Três irmãos ítalo-americanos, vivendo nas periferias da cidade de Nova York nos anos 1940, tentam se ajudar na carreira de lutador de um deles, usando para isso as habilidades promocionais de um dos irmãos e das táticas de vigarista de outro para frustrar um gerente desprezível de um clube de lutas.

Comentários:
Stallone ainda estava desfrutando do sucesso do primeiro filme da série Rocky quando estrelou e dirigiu esse filme que eu sempre considerei muito bom. Aliás, é um dos melhores filmes do ator, que ainda hoje, segue pouco conhecido. Assisti pela primeira vez nos anos 80, numa exibição no Supercine, da Rede Globo. Depois disso o filme só melhorou em diversas revisões que fiz. Realmente é muito bom, acima da média. Um fato interessante é perceber como Stallone era ousado e petulante nessa fase de sua carreira. Mesmo ainda não sendo um astro do primeiro time em Hollywood, ele assumia o controle de seus filmes, escrevendo o roteiro e atuando como ator principal. Não era pouca coisa para aqueles tempos. Tinha mesmo que ter coragem. Ainda mais um filme de época como esse, que tinha uma produção muito mais cara do que o convencional. Carros e figurinos dos anos 1940 tinham que ser utilizados. E tudo isso custava e tornava o filme muito mais caro. Penso que aqui Sylvester Stallone demonstrou que realmente tinha muito potencial. Na década que viria, os anos 80, ele iria se tornar o ator mais bem pago de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

F.I.S.T.

Título no Brasil: F.I.S.T.
Título Original: F.I.S.T.
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Joe Eszterhas, Sylvester Stallone
Elenco: Sylvester Stallone, Rod Steiger, Peter Boyle, Melinda Dillon, David Huffman, Kevin Conway

Sinopse:
Nesse filme Stallone interpreta Johnny Kovak, um trabalhador braçal que acaba sendo demitido por reivindicar melhores condições de trabalho. Após entrar no sindicato dos caminhoneiros ele acaba subindo na carreira sindical, se tornando um dos principais líderes de sua classe nos Estados Unidos.

Comentários:
Um dos melhores filmes da carreira de Stallone também é um dos menos conhecidos. O roteiro de "F.I.S.T." foi claramente inspirado na vida do líder sindical Jimmy Hoffa que havia desaparecido três anos antes da produção desse filme. E a trajetória do personagem interpretado pelo ator ia bem nessa direção, se tornando quase uma obra didática ao explicar porque homens de sindicatos como Hoffa acabavam caindo nas mãos da máfia. Isso fica bem claro na história de Johnny Kovak (Stallone). No começo ele age por senso de justiça, procurando melhorar mesmo as condições de trabalho dos caminhoneiros. Porém os patrões logo partem para a pura violência física, contratando valentões para espancar os trabalhadores com grandes porretes. Nessa urgência em busca de proteção Kovak acaba aceitando a proteção de chefões mafiosos e uma vez que se tenha feito acordo com esse tipo de criminoso não há mais volta. O roteiro assim procurava justificar pessoas como Hoffa? Em certos aspectos sim. Porém o filme vai muito além disso e se torna uma excelente obra cinematográfica. E olhando para o passado se fica com aquela sensação de que Stallone não deveria ter abandonado esse tipo de cinema para se concentrar apenas em filmes de ação. Ele deveria ter optado por investir mais nesse tipo de filme com mais conteúdo e mensagem. Teria sido muito melhor para sua carreira com o passar dos anos.

Pablo Aluísio. 

domingo, 16 de março de 2025

Rocky, Um Lutador

Sylvester Stallone era apenas um jovem aspirante a ator, desempregado e em sérias dificuldades financeiras quando criou seu mais célebre personagem, o boxeador Rocky Balboa. Na época Sly estava casado, com filho pequeno em casa, mas sem nenhuma perspectiva de crescer na carreira e na profissão. Muitos estúdios tinham simplesmente batido a porta em sua cara, afirmando que ele definitivamente não tinha boa aparência e nem vocação para ser um astro de primeira linha. Foi nessa fase difícil de sua vida que casualmente Stallone viu um fato que lhe trouxe inspiração imediata. Naquele mês Nova Iorque não comentava outra coisa: no fim de semana haveria uma luta entre o campeão mundial de pesos pesados e um boxeador de segunda linha, completamente desconhecido e sem expressão. 

Na vida real o campeão colocou o novato a nocaute logo nos primeiros minutos de luta, mas Stallone pensou diferente. Que tal escrever um roteiro onde o pequeno lutador saísse consagrado ao derrotar o arrogante e vaidoso campeão do mundo? Nasceu assim Rocky Balboa. Foi certamente uma idéia genial. Não é surpresa para ninguém que Stallone tenha levado ao seu texto vários aspectos de sua própria vida pessoal. As humilhações, as negativas, as piadinhas debochando de seu velho sonho de se tornar um ator de sucesso, tudo está lá na estória de seu personagem mais famoso. Misturando fatos reais com ficção Stallone realmente criou um personagem muito humano, cuja estória tocava fundo na vida de muitas pessoas. Era um grande script e certamente alguém se interessaria em produzi-lo.

De fato muitos mostraram interesse. Os estúdios viram ali uma excelente estória mas queriam realizar o filme com um astro famoso e não com Stallone no papel principal, afinal ele era naquele momento um perfeito Zé Ninguém. Passando necessidades financeiras o ator teve que ter muita personalidade para bater de frente com os estúdios. Ou ele faria Rocky Balboa ou ninguém mais teria os direitos de filmagem daquele roteiro. Após uma verdadeira queda de braço, Stallone conseguiu vencer e foi escalado para interpretar o próprio personagem que criara. Foi a virada definitiva de sua carreira artística. Assim que chegou aos cinemas o filme estourou nas bilheterias. 

A estória muito tocante da vida de um boxeador desconhecido que conseguia vencer o grande campeão mundial de pesos pesados caiu no gosto de público e crítica. A própria vida de Stallone, aquele ator que ninguém conhecia, também serviu para abrilhantar ainda mais a promoção do filme. Todos queriam saber a história de sua vida pessoal. De certa forma o filme era também a história de sua vida, adaptada para o mundo dos esportes com um personagem de ficção. “Rocky, Um Lutador” se tornou um campeão de bilheteria em seu ano de lançamento e aclamado pela crítica conseguiu abocanhar os principais Oscars da Academia. Venceu nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor (John G. Avidsen) e Melhor Edição. O próprio Sylvester Stallone foi indicado ao Oscar de Melhor Ator mas não venceu (foi sua única indicação na carreira). No saldo final “Rocky,  um Lutador” se tornou aquele tipo de filme onde fatos reais e ficção se misturam maravilhosamente bem, tudo resultando em um filme inesquecível na história do cinema.

Rocky, Um Lutador (Rocky, Estados Unidos, 1976) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Carl Weathers, Burgess Meredith, Thayer David, Joe Spinelli, Jimmy Gambina / Sinopse: Rocky Balboa (Sylvester Stallone) é um boxeador desconhecido que ganha a grande chance de sua vida ao enfrentar o campeão mundial de pesos pesados, Apollo Creed (Carl Weathers).

Pablo Aluísio.